segunda-feira, 29 de agosto de 2011

IGREJA DE BERÉIA... uma comunidade nobre e ortopratica


A IGREJA QUE QUEREMOS:   A NOBREZA DA COMUNIDADE       

 (At 17.1-15)

 todos nós procuramos modelos para pautar nosso estilo de vida. E há de toda espécie. Obviamente, alguns desses modelos nos fascinam e seduzem.
Entretanto, o povo chamado povo de Deus tem nas Escrituras e no testemunho dos primeiros cristãos o referencial para sua fé e para sua prática. E esta é uma oportunidade privilegiada para refletir sobre nossa identidade e decidir sobre a igreja que queremos.
Um slogan de fundo positivista, diz: Se pudemos sonhar algo, então podemos realizá-lo!
Se isso for verdade, só poderemos construir a igreja ideal se, primeiro, pudermos imaginá-la.
No texto de Atos 17, o autor deixa transparecer um juízo de valor que apresenta a Igreja em Beréia como mais nobre que a de Tessalônica.
Numa leitura atenta, podemos ver como a comunidade de Tessalônica, se mostrou (vv.01-09): invejosa, intolerante, violenta, incapaz de fazer auto-crítica, hipócrita, incoerente, manipuladora, corrupta entre outras “qualidades”.
Tessalônica era a comunidade da qual teríamos vergonha. Mas, a poucos quilômetros dali, uma outra igreja entrou para a história, pela pena de Lucas, recebendo os elogios que toda igreja gostaria de receber para si.
Vejamos, então, quais as características que fizeram de Beréia uma igreja mais nobre. Primeiramente, Beréia era:

Uma comunidade aberta

Uma igreja aberta é:
Dialógica: Beréia, ao contrário de Tessalônica, era uma comunidade aberta ao diálogo, pois está registrado que ela acolhe Paulo e Silas e se dispõe a conversar com eles (dieleksato).
Em Tessalônica havia ordens, leis e condenações. Em Beréia: conversa, diálogo e respeito.
Ávida da Palavra: A comunidade de Beréia tinha sede da Palavra de Deus encarnada (cf. v.11b: “receberam a palavra com toda avidez”).
Em Tessalônica, a Palavra de Deus era ocultada pela tradição. Em Beréia, a Palavra inovadora de Deus fecundava e dinamizava a tradição.
Acolhedora do novo: Disposta a ouvir as novidades trazidas pelos missionários, a comunidade de Beréia estava aberta a novas experiências e a novos desafios (cf. v. 11b).
Enquanto Tessalônica prendia, torturava e expulsava seus profetas, a comunidade de Beréia os acolhia, protegia e sustentava.
Mas, mais do que aberta, Beréia era:

Uma comunidade madura 

Uma igreja madura é:
Crítica (com senso crítico): Os bereianos e bereianas estavam abertos para as novidades, mas sem ingenuidade. Queriam conferir tudo nas Escrituras para ver se as coisas são de fato assim (cf. v.11c).
Se, por um lado Tessalônica rejeita, de saída, a mensagem dos missionários, os bereianos estão longe de, simplesmente, engolir qualquer “sapo”. “devemos ter a mente aberta, mas não tão aberta a ponto de o cérebro cair para fora”.
Por isso, a comunidade de Beréia não vai atrás de qualquer novidade, não se ilude com a moda religiosa, não se embriaga com as novidades das paradas de sucesso, nem se deixa enganar por eloqüentes animadores de auditório. Diante da novidade, propõem: “Vamos ver se as coisas são de fato assim, vamos conferir nas Escrituras Sagradas”.
Atualizada (preocupada com sua “reciclagem”): A expressão “dia-a-dia” mostra como eles liam e reliam as Escrituras aplicando-as ao seu contexto e à sua vida, atualizando a sua mensagem para o dia de “hoje”.
A Palavra não foi feita para ser lida apenas, dizia um velho pastor, mas para ser estudada. No início, nos alimentamos com leite, mas depois precisamos de alimento sólido para crescer em estatura (quantidade) e graça (qualidade).
Constante (com uma fé que vai além do ritual formal do fim-de-semana):
Enquanto os de Tessalônica só se reuniam nos sábados, os bereianos viviam sua fé todos os dias. Tessalônica se ocupava das Escrituras uma vez por semana, mas a comunidade de Beréia a vivia todos os dias e buscava nas Escrituras a orientação necessária para viver a vontade de Deus diariamente.
E porque era aberta e madura, Beréia era...

Uma comunidade missionária

Uma igreja missionária é:
Ortoprática: A comunidade de Beréia não somente era ortodoxa (conhecia sua tradição), era, também, ortoprática, isto é, todos viviam de acordo com o que criam. Havia uma coerência e uma conseqüência entre fé e prática (cf. v.12,14-15).
Organizada: Expressões como “promoveram sem detença...” e “os responsáveis por Paulo levaram-no...” mostram como os bereianos eram articulados, habilidosos, eficientes e ágeis na ação missionária. Se tivessem uma estrutura excessivamente pesada, dependendo de complicados conchavos políticos e intrincadas votações em onerosas assembléias, talvez a missão de Paulo e Silas tivesse sido abortada no capítulo 17 do livro de Atos.
Solidária: Diante da perseguição promovida pelos intolerantes tessalonicenses, os bereianos não se eximiram de suas responsabilidades, não lavaram simplesmente as mãos, antes, arregaçaram as mangas para proteger, financiar e promover Paulo, Silas e Timóteo. Assim fazendo, promoviam, em última instância, a própria ação missionária da Igreja.

Conclusão
Afinal, que tipo de Igreja queremos ser?
Qual a nossa mais legítima identidade?
Quando simplesmente copiamos modelos, perdemos nossa identidade e passamos a ter vergonha do nosso nome, mas se revitalizarmos nossa tradição à luz da Palavra de Deus, teremos orgulho de sermos o que somos – e, talvez, descubramos, afinal de contas, que não é tão ruim, assim, ser pintassilgo.
A conversão, verdadeiramente impressionante para nossos dias, seria a de nossas comunidades serem menos Tessalônica e mais Beréia: comunidades que tenham nas Escrituras Sagradas seu mais forte referencial. Verdadeiras e nobres comunidades hermenêuticas: abertas, maduras e missionárias.

Revº Saulo Vieira

NOSSO INICIO.... AO SENHOR: TODA HONRA E TODA GLÓRIA, PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS!!!

Nossa história começa assim...
28 de Agosto de 2011.
         Às 18h, nos reunimos em nossa Congregação sito à rua H 11, 1126A - Setor Industrial  estávamos em um grupo pequeno, mas feliz, um grupo de irmãos com a mesma disposição, a de servir ao Senhor em paz, em harmonia, vivendo o que nos ensina o Salmo 133 "Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! assim nós cremos que deve ser a igreja de Cristo, lutando contra as hostes de satanás e não uns com os outros, tendo prazer de chegar à casa de Deus e ter satisfação em cultuá-lo, em glorificá-lo. Somos uma comunidade de cristãos que sabemos nossa responsabilidade quanto ao Reino de Deus.  Desde já, dizemos a todos que querem cultuar a Deus conosco, podem vir, pois queremos ser benção na vida de todos aqueles que querem compromisso com o Senhor da glória! seja bem vindos ao nosso meio, em nome de Jesus. Rev. Alexander, pastor da igreja presbiteriana do Brasil Beréria.
OBS: Somos Congregação da Igreja Presbiteriana de Alta Floresta